quarta-feira, 18 de abril de 2012

Mais Amor. Amor mais.

Sorria, Maria...


"...Uma parte de mim é permanente
Outra parte se sabe de repente
Uma parte de mim é só vertigem
Outra parte, linguagem
Traduzir uma parte noutra parte
Que é uma questão de vida ou morte
Será arte?
Será arte? "
Traduzir-se - Fagner/ferreira Gullar



Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que comecei a desejar menos entender de onde vim e a desejar mais aprender a estar aqui a cada agora. Só sei que descobri que a solidão é estar longe da própria alma. Que ninguém pode nos ferir sem a nossa cumplicidade. Que, sem que a gente perceba, estamos o tempo todo criando o que vivemos. Que o nosso menor gesto toca toda a vida, porque nada está separado. Que a fé é uma palavra curta, que arrumamos para denominar essa amplidão que é o nosso próprio poder.


Sem autor conhecido. 
Foto da Praia Mole, tirada por mim. Florianópolis - Fevereiro de 2012.



Posso ter tudo nessa vida, mas se tem uma coisa que eu sempre to buscando, ou ao menos, busco até encontrar, é um amor... me sinto mais bonita, mais sorridente, mais calma, mais prestativa, sou melhor pra mim mesma, para as pessoas a minha volta e para o mundo quando estou amando. Gosto tanto de amar pessoas especiais, afinal de contas, não se ama muitas pessoas na vida. No máximo umas 10 ou 20 contando todo mundo: família, amigos e amores. Tenho amizades que se comparam a minha família, de tão fortes e gostosas de se viver, me orgulho muito delas. Sou daquelas grandes mulheres que tem grandes homens ao lado... eu sozinha, não me basto, tenho que compartilhar, sou melhor assim. Sou duplamente melhor em todas as coisas que eu faço quando tenho um amor ao lado. Uma Shakti em busca do seu Shiva, e para fazer juízo ao nome, tem que ser alguém muito especial. Não busco um namorado, busco um cúmplice. Busco um parceiro, o olhar verdadeiro, a mentira não pensada, a verdade estampada e compartilhada. Eu procuro... e sempre sei quando encontro. Mas fico louca na dúvida... Sempre sei no primeiro olhar, aquele que é correspondido, esse sim eu gosto de viver. Todas as pessoas são amáveis e apaixonáveis, mas me diz, porque é tão difícil achar alguém que seja a tampa da panela? Talvez ela não exista... o mais certo, é ir moldando a nossa tampinha. Bem como, também ser uma dessas e se deixar construir a outra parte. Acho a união de duas pessoas por um motivo em comum a coisa mais linda.



Quanto mais o tempo passa, melhor é a vida! Aprendemos a gostar antes de nós, e depois dos outros. Aquela frase: "Não procure alguém que te complete. Complete a si mesmo e procure alguém que te transborde" - nunca fez tanto sentido! Os romances nos consomem muito amor, a essência da vida. Sem mais investir energias em coisas passageiras... o grande lance é viver o que é sincero. Já consigo deixar ir embora o que não me cai bem e já aprendi que grandes mudanças não são de uma hora pra outra é preciso amadurecer, mudar de atitude, fazer diferente, que a mudança vem chegando. Já aprendi bastante coisa...

Metade de mim ;)

Arica e Santiago!


Cusco – Tacna
Com um custo de 60 soles, viajei 16 horas dentro do Perú até a fronteira com o Chile, a cidade de Tacna. Perguntei a alguns peruanos o que havia para fazer ai, e só me disseram que é bom pra comprar coisas baratas, porque  como é fronteira, como toda cidade de fronteira, existem as ilegalidades e se pode comprar tudo a um preço mais baixo. Como não tenho interesse em adquirir mais bens, porque não posso esquecer que minha casa é uma mochila, e os quartos já estão extremamente cheios, ou seja, to carregando o dobro do meu peso na mochila e já tá suficiente. Só passei por Tacna. No ônibus, encontrei dois chilenos que me deram as informações que precisava: que seria melhor pegar um taxi particular para atravessar de Tacna até Arica, pois seria mais rápido para passar a fronteira. E também me deram dicas pra onde ir depois de Arica até chegar a Santiago (sim, eu não tinha essas informações até então). Encontrei também um Peruano, que só me deu noticia ruim e errada, como já to acostumada com os peruanos e suas noticias totalmente erradas e ruins, esperei pra ver o que era verdade: a primeira delas, ele me disse que não conseguiria passar pra Arica, porque tinha uma ponte quebrada na fronteira, e logo pensei... putz, que azar neh... mas to achando que é mentira rs. A segunda, é que eu ia perder muito dinheiro na troca de sole pra peso chileno em Arica, que o melhor era ter feito isso em Cusco. Meu, porque essa pessoa abriu a boca? Me diz? Fui descobrir mais tarde, que a fronteira estava bloqueada porque em épocas remotas, em uma guerra do Chile e Peru, haviam sido colocadas bombas nessa zona de fronteira, com as chuvas, muitas das bombas escorregaram para a beira da pista, e corria um serio risco de explosão. Isolaram a área para a retirada das bombas, mas já fazia um dia que estava desbloqueado... muito bem! Ou seja, desinformado. O cambio estava muito melhor na fronteira do que em Cusco, é obvio. Odeio pedir informação pra Peruano, porque além de não saberem as coisas, eles inventam. E são todos assim, tenho certeza. (momento de revolta RS)



Tacna – Arica
Bom, já saindo de Tacna, dividi o taxi com os chilenos que me deram a informação... gente boa demais os meninos! Foi bem tranqüila a passagem, realmente muito mais rápida do que de ônibus, que haviam filas enormes... e isso ajudou também com que conseguisse embarcar para Iquique ao meio dia, pois chegamos bem cedo a Arica. Não havia passagem direto pra Santiago, em nenhuma empresa... então a cidade mais longe que o ônibus levava sentido ao destino final era Iquique... ai fui!! Antes deu pra dar um role na cidade, tirar umas fotos, e ensinar o caminho pros Chilenos, que não conheciam a cidade. Como eu já tinha passado por ali, foi bem legal fazer esse papel. Comemos em um restaurantezinho bem simplezinho, mas o suco veio numa jarra de um litro! Sensacional... e o pao com queijo também tava bem bom!! Arica é muito linda... subi no morro, que não tinha dado tempo de fazer da outra vez, e a vista é sensacional... marzão azul escuro, cidade tranqüila, muito linda. Dali, voltei pro terminal e borá pra Iquique.



Arica – Iquique
A viagem foi tranqüila e curta... paguei 7000 pesos chilenos, e as 5:30 da tarde já estava em Iquique. Cheguei num terminal e tive que mudar para o outro terminal a 3 quadras do primeiro. No Chile, todas as cidades que visitei até agora são assim... tem dois terminais, e estão sempre a algumas quadras de distancia. No primeiro, não tinha passagens pra Santiago... só para segunda feira, e o dia de hoje é uma quinta! Senhor  amado, como assim!!!!! Eeeeeee Chile, de novo você vai fazer isso comigo de não ter passagens... menino mau! Fui pro outro terminal, e já sabem... eu tenho muita sorte, não tem outro nome pra isso... comprei a ultima passagem dos proximos 2 dias, pra hoje! Sensacional... fui dar uma volta rápida na cidade. Uma cidade linda, limpa, cheia de restaurantes bonitos e limpos, cheia de gente sorrindo, uma praia onde o sol se põe no mar... coisa linda de se ver. E muito cara também... pra comer, 2000 pesos chilenos um suco, o que é 4 dolares! Preço de São Paulo... pra quem tava acostumada com os preços da Bolivia e do Peru é um choque mais ou menos grande! Mas tai, vários prédios de frente pro mar, bonitos condomínios e restaurantes temáticos de frente pro mar... claro que ficou tudo no passar do olho, porque não ia rolar entrar pra comer! E também já conheço a historia... não ia ter um menu vegetariano. As vezes não ter dinheiro, não é a principal questão.

Iquique – Santiago
A viagem é realmente um pouco cansativa... 24 horas de ônibus até chegar a Santiago!! Uma paisagem neutra: montanhas sem fim, vegetação rasteira e um deserto.
Chegando em Santiago, já comprei minha passagem para Mendonza, na Argentina. Minha próxima parada será ai, terei 4 dias inteiros em Santiago, espero poder aproveitá-los bem! Cheguei aqui já com uma hospedagem maravilhosa me esperando, a casa da minha prima Angela, casada com um chileno. Ela mora um pouco longe do centro, mas o lugar é bem bonito e tranqüilo! Bom, vamos ver como faço pra chegar no centro amanhã!!
Ainda não tenho nenhuma imagem de como é Santiago. 

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Método DeRose - Identificação!

No auge dos meus vinte e poucos anos, me sinto com alma de criança... cada dia descobrindo coisas novas, aberta. E foi nesse mesmo ciclo, que eu descobri uma das coisas que eu mais me identifiquei até hoje... sabe quando você entra num grupo e fala, esse é meu grupo, tem a minha cara...

TAÍ....


Prática ao ar livre!!!! O dia que recebi um elogio da Nádia, dizendo que eu tava ficando forte! hehehehe
Egrégora enorme!!
 Luana...we rock!!!
Pintinhos esperando a voz do chefe Hudson... rs

 Todos animadinhos!!!!! Antes do Shanka, até tinhamos cores...

 Minha amada!

 Prestes a experimentar o arroz com azeite...

 Na despedida no nosso amado instrutor...



Que saudades das pessoas mais lindas que conheço! Foi aí em Londrina, num prédio cor de laranja, que um dia, eu decidi entrar e fazer uma escolha. Participar de uma egrégora com um método de qualidade de vida. Nunca uma porta me abriu tantas portas internas. Eu considero um lugar feito de mágica e gotinhas de alegria. Na porta, quando você entra, existe um sugador de energias ruins e de cansaço, da porta pra dentro, é uma alegria que contagia e uma vitalidade permanente. Quase não me parece real pois meus momentos aí são realmente de puro êxtase. Os cursos de sábado que alimentavam meu consciente de ensinamentos vindos da Índia feito por uma pessoa na qual eu tenho orgulho de ser sua seguidora. Instrutores que tem uma alegria de viver, que é com pessoas assim que eu dou mais valor no ser humano e no seu potencial transformador de vidas, de uma sociedade tudo começando por você. Saudades de andar de cavalinho pelos corredores da escola, rir como criança de momentos de contato físico, e de rolar no E.V.A. com elevados níveis de satisfação por fazer algo tão simples. Os momentos de evolução física e espiritual compartilhados em momentos individuais e com as pessoas com quem mais nos identificamos, são os mais bonitos de viver. Ver a evolução de um amigo, e ver a sua própria. Crescer junto!! Ver a escola mudar de lugar, para um mais lindo, cheio de arvores! Sentir que as pessoas se vão, outras evoluem com rapidez, outras novas chegam... Lembrar dos finais de semana de prática ao ar livre, dos maravilhosos gourmets, e dos quitutes vendidos feitos por mãos que dão o sabor a comida. O real mesmo é quando estou longe e todos os dias penso em passar por aquela porta e sentir tudo aquilo, e não a encontro por aqui... e ficar dividida entre uma vida aqui e uma vida aí, com as pessoas que eu deixei que me fazem tanta falta. Nádia, Bruno, Priscila, Renata, Luana, Laila, Elaine, Alê... saudadinha. 

Beijo em cada um! Logo logo eu volto, aonde for, eu volto!!! 

Perú e Bolivia - A pobreza desse país tem nome.

A pobreza deste país se tem nome, respira, sorri e pede esmola, usa cerca de 10 saias, uma por cima da outra até que chegue na de cima, carrega uma criança nas costas por meio de um pano colorido, anda com sandálias negras de solado de borracha e nas mãos leva sacolas de tecido com suas coisas. Num país onde dependendo da região se pode fazer frio ou calor, não tem acesso a energia elétrica e água encanada. Tomam seus banhos frios quando os tomam, tem peles castigadas pela combinação altitude mais vento e sol de montanha, são excluídos da globalização, da internet, dos estudos e do convívio com outras pessoas e talvez a língua castelhana. 






Vivem em povoados afastados das cidades, que são incontáveis. Um país não favorecido geograficamente ao acesso fácil a esses povos, por um lado a Cordilheira dos Andes castiga o seu povo, pois as distâncias nunca serão curtas para passar entre montanhas e curvas, deslizamentos de terra e pouca ajuda governamental para reparos. Uma cidade pode ficar 2 ou 3 dias isolada por um deslizamento antes que alguém tome uma providencia, isso significa falta de acesso ou pessoas morrendo de fome ou de alguma doença nos povoados distantes.  As estradas são poucas e muitas a metade é de terra, e o transporte é dificultado pela informalidade e inseguridade. Você ouve de tudo, mas não vê presença de governo, e de nenhuma assistente social. O negócio da esmola aqui, é muito sério e real, as pessoas com mais idade, pedem esmola como meio de sobrevivência e falta de recurso. A música “essa cota miserável da avareza, se o país não for pra cada um, pode estar certo não vai ser pra nenhum”. Existem duas opções em morar num país desigual: ou fazer algo pra ajudar, ou mudar de país. É inaceitável alguns comerem num restaurante e outros comerem o lixo do restaurante. O povo peruano mesmo, dá pouca importância as pessoas em condições de desigualdade. Um povo que segundo o escritor José Maria Arguedas quanto mais pobre, mais cerimonioso é o peruano e descreve o Perú como um país antigo, cheio de ritos e cerimônias e descrente de suas próprias diretrizes. Assim, é difícil, mesmo que se queira, ajudar um peruano, porque ele desconfia, não aceita e prefere estar no seu estado inicial. Já dizia Mario Vargas Llosa que é um povo ressentido e de morais inquebrantáveis. Hoje, já sei que por mais idosa, jovem, e independente de qualquer assunto que esteja em pauta, a pergunta se eu sou casada, onde está meu namorado, e com quem eu viajo, vai ser sempre uma dos primeiros questionamentos que eu vou sofrer, e a conversa será mais ou menos resistente de acordo com a minha resposta.
Voltando a um ponto anterior, é um pouco inaceitável para mim, o porquê essas populações tão pequenas vivem afastadas na extrema linha da pobreza sem nenhum tipo de assistência governamental. As ONGs também estão mais preocupadas em fazer aparecer seu trabalho e as que se preocupam com essas pessoas, nunca serão suficientes para atender a todos.
Conheci mais de uma pessoa com idéias maravilhosas para distribuir a renda em dólares dos turistas aos povos mais afastados, há os chamados turismos conscientes. Consiste em uma ONG (normalmente) leva os turistas num passeio a povoados visinhos e pobres e te cobra 20 soles (o que é bem barato) por isso. Na comunidade acerca de Cusco você pode dormir com a família uma noite e observar sua vida. Não existe nada melhor que isso para saber como vive um campesino. No final, você não paga nada pro guia, mas há que levar para a família coisas que ela necessita como: produtos de higiene, produtos industrializados como óleo, farinha, macarrão, frutas e legumes e é claro que diante de toda a situação, você acabaria deixando até a roupa do corpo aí. A questão é, isso é bom até um certo ponto, é imediatista. Sou contra coisas imediatistas e de assistencialismo, por serem pouco sustentáveis. Já tive a idéia de criar uma rota de turismo, onde as pessoas por conta própria iriam até os povoados, e tudo fosse uma grande cooperativa de artesanatos, roupas, e outras artes feitas pelos campesinos (...) (idéias).

Morar fora do País


Não tem sentimento melhor que ese de estar em uma rede internacional. Eu digo e repito, sou apaixonada pelas pessoas que estão na Aiesec e tudo o que envolve estar em outros países. Agora vivendo no Perú, eu escuto uma música desse país e me sinto com propriedade da música, sei dançar e cantar as músicas que tocam na rádio, e todos os dias que entro em um carro que me leva até o centro da cidade, quero escutar as noticias e posso compreenderlas e ver a reação das pessoas dentro do carro, dependendo do que é. Estou almoçando e vendo um noticiário de artistas, e vejo as pessoas comentando: nossa, você viu que feio isso, ou eu quero ir nesse show que está anunciando. 



Sei o que passa na cabeça dos peruanos, e digo isso porque observo a reação deles entre muitas coisas que se passam no dia a dia. Ouvir uma música em Quechua e dizer, meu, olha isso... esses falam duas línguas, e tem pessoas que só entendem essa, e o espanhol é algo desconhecido. Vou engraxar a minha bota sempre com um senhor que fica na porta do mercado municipal, e ele insiste em conversar comigo em Quechua e eu vou lá só por isso... não entendo absolutamente nada e a nossa comunicação é quase nula, mas trocamos um sorriso, e um gracias no final, e pra ajudar ele tem uma seria deficiência auditiva. Mas me encanta a possibilidade de estar ali e ver ele conversar em Quechua com os seus ‘amigos’ que chegam e começam uma conversação. Os jornais escritos em espanhol que reclamam das pessoas que trabalham para o governo e não falam Quechua ou seja, não podem se comunicar com a população pobre dos povos que vivem no campo. Muitas pessoas vivem acerca da cidade, em pequenos povoados sem luz e vivem de uma plantação de subsistência, e quando necessitam comprar algo que não podem produzir, vão vender seus ramos de hortelã, ou ovo com batata na porta das universidades. Todos compram seus produtos, não por caridade, e sim porque eles apreciam seus produtos, e estão acostumados a ter essas coisas em sua alimentação diária. Dificilmente se vê uma criança com uma coca-cola na mão, eu nunca vi, mas raramente deve existir, eles tomam os sucos vendidos em baldes grandes, pelas mulheres que carregam seus filhos nas costas, dentro de uma manta. Se andam, estão soltos na rua, andando livres pelas calçadas e a mãe está ali vendendo seus produtos feitos por ela mesma. Se você se aproxima, eles correm pro lado da mãe... mas nunca te dizem uma palavra. As músicas e os concertos falam os nomes das cidades como Ayacucho, Trijullo, Arequipa, Urubamba, e tenho orgulho de dizer que eu conheço as cidades das músicas, dos jornais e posso pronunciar com tranqüilidade Ollyantaytambo. É muito inspirador quando as senhoras na rua, ficam lisonjeadas com um carinho ou cumprimento e te chamam de: ninita linda, cariño, e te dão um presente porque é seu aniversário. A pessoa não tem nada, e te dá um presente! Isso passou com a minha mãe, numa venda de artesanatos quando disse que era seu aniversário, a senhora pediu para que ela escolhesse um presente! O mundo gira, e as coisas que a gente faz pra ele, voltam pra nós. Essa senhora tem muito o que ter do mundo! E juro, não excluo minha participação ativa em dar e receber do mundo. Por isso, eu agradeço tanto as pessoas que estão ao meu lado, porque eu as valorizo como um presente, e sempre avalio minha reação com todos, para que possa ser um ser humano melhor a cada dia. A AIESEC é uma organização incrível e como eu amo ser parte de um grupo de pessoas que dão sempre o seu melhor em qualquer atitude que tem. Hoje, voltando de uma agradável noite de trabalho, e finalização de um processo de seleção, que tenho uma consciência tranqüila por um trabalho bem feito, crescimento pessoal e espiritual feitos por mim mesma na ajuda de pessoas tão competentes ao meu lado. Nunca me senti sozinha aqui, por mais que tenha estado longas horas só, é um preechimento sem tamanho e sem explicação.

Texto escrito em Fevereiro de 2011 por mim. 

AIESEC num depoimento cheio de satisfação!


Experiências, medos, angustias, cansaço, alegria, sorrisos, choros, staff, paixão, motivação, danças, dores no corpo, viagens, conferências, festas, amigos...
Enquanto tanta gente não fazia nada, eu tentava me dedicar completamente a todas as atividades que me apareciam!  Enquanto para tanto isso era uma loucura, para mim era o maior prazer.  Maneira de colocar as palavras, trabalhar em grupo, liderar. Quem um dia se imagina numa situação assim. O melhor que pude até então, sei que estive no melhor lugar que poderia diante das minhas possibilidades. Me senti no melhor lugar e tive que lutar para me manter em pé. Quando se está muito evidente, o alvo fica mais fácil. Assim me senti com relação a bombardeios de pressão e responsabilidade, cobrança me ocorreram algumas vezes. Porém, escolhas são escolhas e o maior erro é renunciá-las.
O meu maior acerto na vida, algumas amizades que me doem de saber que estão longe e elas são: Rafhael Dalto, Daniel Berbel, Daniel Blaia, Natália Pagoto, Larissa Pacheco, Marcelo,  Fabiane Boldrini, Natália Freitas, Leandro Boscariol, Mario Calzavara, Hugo Pereira. Algumas pessoas da minha turma de TM do ano de 2009 e também alguns internacionais: Jéssica, Laís, Ale Badillo, Cris e alguns outros muitos especiais que ainda vou encontrar.
Minha vida, até 2011 se resume em Aiesec Brasil (VPTM), Aiesec ConoSur (FACI para New Members em Conferencia Nacional) e Aiesec Perú (CEED). Mas eu quero é mais, depois de tanto, sei que ainda tenho muito mais para conquistar dentro dessa organização que tanto propõe esse tal de impacto positivo na sociedade, integridade, pensamento global, e outros valores nos quais eu me identifico de corpo e alma. É por isso, que até me encontrar em uma organização ou encontrar com o que serei feliz profissionalmente, eu vou buscar por aqui... hoje vejo claramente que minhas oportunidades são gigantemente maiores por fazer parte da Aiesec. Tenho uma rede de contatos imensa, com muitas boas vagas de trabalho, tenho contatos onde empresas promovem trabalhos para que você identifique sua capacidade empreendedora, como a Artemisia. Pude conhecer melhor essa organização fazendo parte da CHOICE, primeiro evento internacional de Negócios Sociais no Brasil. E acho que descubro mais uma coisa na minha vida: a paixão e satisfação pessoal em trabalhar com Negócios Sociais. No mais, só de viver esse ambiente global de aprendizagem já me sinto feliz. Isso me faz feliz!
Já descobri  que amo estudar línguas. Sei que tenho um grande potencial para liderança, e sei disso pela prática, já são alguns anos liderando equipes e projetos. Já descobri meu estilo de gestão, e estou aprimorando. Sei muito bem quais são meus pontos fortes e um deles é ser um “ser humano consciente” e os pontos fracos também revisados com freqüência com ferramentas para fazer-lo. E sei que gosto muito de viajar... e de estar em contato com culturas diferentes da minha! Se você se identifica, aqui é o seu lugar também...
Estou me preparando para uma vaga de trabalho. Hum... sim, também já pensei a mesma coisa que você: tá arriscando alto heim?? Sim... to. Quero algo muito bom pra mim, e to indo atrás. São os exemplos dos ‘ombros de gigantes’ que há 4 anos, venho me apoiando...
Se eu pudesse ter tido a velocidade para abraçar mais e mais, eu o teria feito. Porque, agora no entardecer do ano da minha vida na Aiesec, eu vejo que o meio dia, o ápice acontece em pleno sol da vida, uma das experiências mais lindas que vivi. 

Foto tirada em 2007 no primeiro Discovery Days da Aiesec Londrina, onde eu comecei minha jornada!

Texto escrito em Fevereiro de 2012, por mim mesma!