A Cidade do Mexico é muito grande
e caótica. Daquelas coisas que voce nao ve em qualquer lugar do mundo. Nao
tenho muitos privilégios. Nao ando de
taxi, nao moro do lado do shopping, nao gasto meu dinheiro em restaurantes
caros, mas como bem e saudável. Ou seja, eu sou mais uma, no meio da multidao.
É bom se sentir assim, recomendó a todos ao menos uma vez na vida… confesso que
nesse 1 ano e meio de viagens, eu me sentí mais uma por muitas vezes. Vejo uma
sociedade cega, que nao ve. As pessoas no metro tem olhos de cansaco e perdidos
no infinito e além. Sentei no chao do metro. Me sinto confortavel ai. Nao me
importo de levar uns pisoes... na minha frente, tinha dois meninos, de uns 13
anos cheirando cola. É normal aquí… eles estavam rindo. Eu sentí medo da minha
propria raca humana, ou do que eles poderiam fazer naquele estado, é melhor ter
cuidado com os seres humanos que estao a sua volta, principalmente, quando voce
nao os conhece bem. Esse nao eh o meu ambiente, eu sei disso. A minha vontade
de viver essa dificuldade do mundo é teimosa, mas ela esta perdendo a graca aos
poucos. Acabei descobrindo, que eu nao posso fazer nada, efetivamente, por
aquelas pessoas de olhos perdidos, e sem perspectivas de nao ter que ser refém
daquelas 3 horas diárias para ir pro trabalho, ou daquele trabalho de apertar
parafuso, ou da violencia que elas carregam na historia. Os olhos nao medem
esforcos para atencao. O terceiro olho ativa, e nada passa despercebido. Carrego
olhos atentos, mas semblante sereno. Naturalmente, as pessoas já me olham, por
saber que nao sou desse país, quero que elas se deparem com uma figura de
sorriso timido, e confortavel na situacao.
Nenhum comentário:
Postar um comentário