Minha forma de hospedagem aqui nos EUA foi através do Couchsurfing. Para quem não conhece ainda, vou fazer uma breve explicação. Couchsurfing é uma pagina na internet onde as pessoas se disponibilizam a hospedarvoce po algumas noites ou te levar para conhecer a cidade que ela mora, tomar um café, ou algo do tipo. Funciona como se fosse um facebook, você cria um perfil e alguns dados que te identificam, e a partir dai começa a fazer os contatos.
Quando vim pra Califórnia, já vim com a intenção de ficar na casa de americanos e conhecer o máximo possível da cultura do pais. A maneira mais eficiente que achei pra isso acontecer foi através do couchsurfing.
Ed
A primeira pessoa que me hospedou aqui foi o Ed. Ele é estudante de psicologia, e mora sozinho num apartamento de um quarto;sala bem confortável para uma pessoa. O que mais me impressionou no Ed, é que eu tina uma imagem dele ser super frio pelas nossas conversas curtas e grossas pela internet. Cheguei na casa dele e me surpreendi com o lençol cheiroso, todo de florzinhas (que a namorada dele emprestou pra eu ficar), pao quentinho acabado de sair do forno e ele sentado olhando pra mim e fazendo mil perguntas sobre minhas viagens e áreas de interesse. Foi muito legal conviver com ele por 5 dias, cozinhamos juntos duas vezes, fomos ao supermercado, e a uma aula do curso dele na Universidade de Berkeley. Depois disso ele ainda me deixou um recado super carinhoso no perfil do Couchsurfing. Realmente, não tem como ter uma melhor impressão de uma nova cidade com alguém assim por perto.
Casa do Ed ao lado da Universidade de Berkeley, Califórnia.
Joana
Ai hey que recebo um chamado na pagina do meu couchsurfing. Era a Joana, uma portuguesa me pedindo dicas sobre o Brasil. Ela é pós doutora e agora trabalha com pesquisas aqui nos EUA. Como eu queria passar o final de semana em San Francisco (estou morando ao lado depois da ponte, em Berkeley), ela me ofereceu a casa dela, e eu fui pra lá. Uma menina linda e doce!!! Sai com seus amigos, uma polonesa muito engraçada, nos divertimos. Apartamento lindo, e ela ainda me ofereceu a cama dela. Lovely girl.
Kitty
Minha terceira hospede é a Kitty. A foto é auto explicativa. Kitty é uma adolescente, muito consciente. Vegana e algo ativista. A casa dela é cheia de papeis com fotos de animais colados por todos os lados. Ela faz vários projetos voluntários, e também vai busca comida nos lixos de Berkeley. Achei bastante louco isso, mas quando vi a qualidade das frutas e verduras que ela trouxe na noite anterior, fiquei em choque. Pareciam compradas na melhor verdureria da cidade. Tudo em perfeitas condições. Tem 4 caixas de chocolate aqui, deliciosos vindos da mesma condição. Latas de agua de coco passados dois dias da data de vencimento. A Bunny, outra menina que mora nessa casa, também é vegana e da workshops de como fazer queijo de castanhas. As coisas não acontecem por acaso, faz uns meses que tenho despertado essa vontade em mim de comer esse tipo de comida. Os vizinhos delas são músicos. Um deles me ensinou um pouco sobre gaita, e passamos umas horas fazendo musica com os vários instrumentos que tem na casa... vários tipos de violão, gaitas e teclado.
Cada pessoa deixa um pouco do que é na outra e vice e versa. Ela deixou muito em mim. Acorda para correr todos os dias as 6 da manha e reforça muito uma coisa que eu também gosto de fazer que é alimentar as pessoas. Ela dizia para mim, não compre nada, eu te alimento porque é o meu presente pra você. Eu nunca me senti tao feliz recebendo algo de alguém. Lembrei do Dani, que meus melhores dias no mexico passei na cozinha com ele.
Gostei também de reforçar a ideia de comer alimentos saudáveis em gigante quantidade, sem economia. Cheguei na casa da Kitty e nessa zona toda tinha 200 bananas penduras delicadamente na janela!!! AMEI. Comi tanta banana, com tanto gosto! É isso, fazer o bem sem olhar a quem, dividir, compartilhar. Ela fez isso comigo, de uma maneira tao aberta que eu passei a rever minhas atitudes.
Patrick
Patrick meu novo e pseudo autodidata sobre plantas frutíferas, jardinagem e flores, me abriu as portas da casa já com uma chave reserva que será minha pelo tempo que eu ficar aqui. Depois que ele me deu as chaves, ele confirmou o meu nome, do tipo, você é a Ema né?
Ele estava cozinhando uma comida de um cheiro sensacional, era rúcula com batatas e cebola. As batatas estavam cozidas previamente. Fui com ele regar as plantas do jardim de um amigo vizinho que esta de viagem e colhemos as folhas de rúcula ai do jardim, deliciosamente orgânicas e frescas.
Descobri depois de uma conversa sobre frutas exóticas e sabores, que ele ama cozinhar. Ele é um pouco gago e maluco... adoro gente maluca, porque posso expressar ideias que não sinto aceitação das pessoas normalmente. Ficamos horas conversando sobre plantas e vegetais do mundo todo (ele também conhece o México). Adorei. Essa é um pouco da minha nova casa.
Feather
Uma fofa que tem um cachorro meigo! hahaha.. casa limpinha, colchão novinho... nossa que saudade de dormir num colchão bom!!
Apaixonei, te amo, muito linda suas experiências!
ResponderExcluir